segunda-feira, agosto 28, 2006

Poder perdido.

Há muito tempo atrás, alguém leu meu blog e disse que parecia poderoso. E era mesmo. Era mais intenso. E hoje, relendo um pouco disso, acho que a mudança é que eu acreditava mais em mim mesma. Em algum momento, eu me joguei pra baixo e perdi um pouco da minha auto estima. Eu me retraí. Eu sou tímida. E morro de vergonha de muitas coisas. Daí pra não arriscar algumas coisas, acho que uma saída foi ficar mais na minha.
Não acho que foi uma boa saída. E acho que é exatamente essa parte da minha identidade que eu venho procurando há algum tempo. Eu sou poderosa, sim. Eu sou diferente, sim. E não preciso ficar com vergonha disso ou daquilo ou sei lá. Eu simplesmente preciso ser mais espontanea. O que normalmente acontece quando eu bebo. Acho que talvez por isso eu venhya cada vez mais gostando de alcool. Porque eu me sinto mais eu. Mas eu preciso conseguir ser eu sem nada. Eu preciso conseguir ser eu no dia a dia. Quem eu sou hoje, foi uma construção delicada e preciosa.
Esse fim de semana, eu ouvi da mesma pessoa acima, que eu sou uma menina diferente. Anos depois, mas não tenho certeza de que muita intimidade a mais. Na verdade, acho que muitas barreiras a mais. E é isso que eu não quero mais. Não quero mais barreiras. Eu preciso conseguir fazer as coisas, sem ter esses surtos de vergonha e baixa auto estima. Eu preciso acreditar em mim mesma. Eu tenho capacidade. É isso que falta; acreditar que eu realmente tenho capacidade.
Eu sei que eu não sou lugar comum, nem nunca fui. Mas preciso lembrar que isso é muito bom. E que as coisas podem sim dar certo. E que eu posso sim ser mais incosequente e menos planejadinha. E que isso não é desastroso e sim poderosa.

domingo, agosto 27, 2006

Definitivamente caiu a ficha.
Quando eu quero o bem de alguém, independente do meu, isso é mau prognóstico.
Enfim, espero que isso de alguma forma se amenize. Assim tá difícil.

sábado, agosto 19, 2006

Sentimento : Gostar.

A sensação é tão confusa. É um sentimento tão diferente dos anteriores. Talvez por isso a ficha não tenha caído antes. Ou talvez eu simplesmente não quisesse ver, apesar de alguma forma já estar ciente. Dessa vez, foi mais controlado. Na verdade não controlado, mas foi reprimido. Talvez tivesse sido de outra forma se eu fosse mais autêntica. Mas não, eu desde o início fiz esse teatrinho escroto. E no fim, eu mereço esse lugar que eu cheguei, na verdade de alguma forma, busquei esse lugar. Tudo podia ter sido muito diferente, mas eu não soube administrar. É tão difícil ainda saber administrar coisas de gente grande. Não sei se tem volta. Eu sei que right now eu to meio "fucked up". Vai passar, eu sei. Mas dói, há lágrimas. E não há tempo de lágrimas. São lágrmias reprimidas, um enjoo de coisas não vividas. Muito, MUITO difícil isso. Essa sensação de ter que atropelar todos meus sentimentos, de não respeitar nenhum dos meus timmings, porque as coisas continuam e eu simplesmente coloquei outras coisas na frente, e não me sobrou esse luxo. As manhãs definitivamente se tornaram mais pesadas. Abrir o olho, sair da cama, e começar um dia está árduo. Não era pra ser assm. Como eu pude ir tão longe ? Como eu pude me trair tanto ? Eu já sabia. Não foi uma surpresa. Porque tem que haver dor ? Eu lembrava desse sentimento mais leve. Dessa vez eu realmente coloquei os pés pelas mãos. Eu preciso mudar isso de alguma forma. As coisas tem que começar a funcionar. Vou tentar colocar alguma ordem nesse caos.

domingo, agosto 13, 2006

Dói, dói muito esse sentimento. Exatamente agora. Nada poderia ser mais verdadeiro que agora. Amar, não, isso não. Mas eu queria muito ter vivido algo. Se isso tivesse acontecido, não acho que o sentimento seria diferente. Acho que eu teria chegado no mesmo ponto. Mas alguma coisa acontece e me machuca. Eu queria ser imune. Eu queria não ter sentimentos, eu queria muitas coisas que simplesmente não posso ou não acontecem.
Eu não sei se eu deveria ser diferente. Na verdade, há muitos momentos em que eu gostaria de ser diferente. Mas há coisas que não se mudam. Há sentimentos inevitáveis. Eu queria tomar mais conta de mim. Eu não queria tantas lágrims tantas vezes.
Nesse exato momento eu não estou bem. Acho que eu ando fingindo bem. Ou pelo menos tentando. Realmente, não sei qual é a solução. Talvez simplesmente não exista. Talvez eu não tenha nascido pra ser feliz. Talvez por mais que você se esforce, há pessoas que não nasceram pra serem felizes. Meu sentimento hoje.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Crise dos 24.

Quando eu era mais nova, eu tinha uma sensação de que eu podia me reinventar o tempo todo. Sempre coisas novas, novos limites, novas atividades. Acho que eu tinha mais liberdade, até pela falta de responsabilidade. Podia ser mais inconsequente e isso me divertia. Eu era mais espontânea, e deixava as coisas acontecerem com mais facilidade.

Em algum momento, as coisas começaram a mudar. A sensação desse momento, é que eu me tornei uma pessoa desinteressante. Se tornou impossível fazer mil coisas diferentes. A responsabilidade de ter que fazer bem feito, e a auto-cobrança das coisas sairem certinhas, me fez abandonar coisas das quais eu gostava, mas que simplesmente não tenho mais tempo para ser dedicado a elas. A medicina hoje é 99% da minha vida. E eu to me sentindo uma daquelas médicas, que não consegue ter uma conversa sobre a vida, sem cair na profissão.

No fim de semana eu juntei grupos de amigos diferentes numa festa. E um certo alguém depois, veio me dizer que ele tinha achado meus "outros" amigos ótimos e super divertidos. E eu fiquei pensando em como eu não sou mais assim. Está sendo muito difícil administrar o peso da minha profissão de uma forma mais leve. Eu definitivamente não era assim. Não sei ao certo em que momento as coisas mudaram e de que forma as coisas mudaram. Mas eu não estou feliz carregando dessa forma. Estou me sentindo monótona, e não sei exatamente de que forma se faz para trazer multi-tonalidades de volta à minha vida.

E o pior de tudo, é que eu não tenho o tempo agora para tomar uma atitude mais concreta. Tenho provas para fazer que começam em outubro, e já estou atrasada na matéria. E se eu parar para pensar agora, certamente vai ser dificil continuar tão concentrada como eu vinha. Obvio que só detectar isso já é um passo. E que aos poucos, bem devagar, eu posso mudar alguma coisa. Mas eu preciso passar por essa grande reflexão de virar profissional. E talvez eu tenha postergado isso, ou talvez a hora realmente seja agora.

Contemplando o que vem, esses 24 vão dar trabalho....